Para morar ou para lucrar
O Globo, Especial Mercado
Imobiliário, 28/nov
Com a cidade praticamente toda em reforma, o Rio
continua com o mercado de construção civil aquecido, demanda em alta e ofertas
de todos os tipos de imóveis, desde os destinados a moradias até a
investimentos.
Das Zonas Norte e Oeste até o Centro da cidade
estão sendo construídos os mais diferentes tipos de empreendimentos, com o
objetivo de atender a diferentes camadas de renda e perfil da população.
O Recreio se mantém na liderança do ranking lançamentos: 1.933 unidades até o
primeiro semestre de 2013, segundo o presidente da Associação de Dirigentes de
Empresas do Mercado Imobiliário (Ademi), João Paulo Matos. Jacarepaguá lidera
os de imóveis comerciais, com 544 unidades. As 738 unidades hoteleiras e outros
96 empreendimentos no Centro, que não apareciam na lista desde 2010, refletem a
força atual do mercado carioca.
O economista Eduardo Moreira, sócio da empresa
Geração Futura, afirma que esse movimento identificado no Rio acontece no Pais
inteiro, por conta do aumento do poder aquisitivo da população e da capacidade
de crédito.
Segundo ele, há um componente subjetivo na compra
de imóveis residenciais, porque todo mundo deseja um ninho, um lugar para poder
reformar a seu bel-prazer e quebrar paredes sem pedir autorização ao
proprietário.
Considera também uma boa opção de investimento a
compra de imóveis comerciais que, em geral, tem contratos de longa duração - 5
a 10 anos - e retorno garantido.
"A pessoa que fizer isso pode alugar um
apartamento e continuar sendo dona de um imóvel. Apenas não concentra seu
investimento em um só", diz ele, acrescentando mais um benefício da opção
: pessoas físicas não pagam Imposto de Renda
. Já Bianca Carvalho, da Facility Negócios
Imobiliários, garante que, com recursos entre R$ 90 mil e R$ 100 mil reais
qualquer um pode comprar um bom empreendimento comercial. Ela acredita que
outra boa aquisição é de hotéis
.
"0 mercado de hotelaria de negócios mais do que dobrou nos últimos dois
anos e é um fenômeno que não se concentra em grandes capitais, mas também em
cidades secundárias, a exemplo de Itaguaí e Itaboraí, no Rio de Janeiro".
Na sua avaliação, os mais rentáveis estão na hotelaria de negócios de três e
quatro estrelas, porque os custos operacionais são reduzidos. "Se um
render menos, o outro compensa", finalizou.