Casa e etc.

Reforma

Alegria de viver



A reforma deixou a casa do jeito que os jovens moradores desejavam: funcional, prática e ainda mais bonita

por Juliana Duarte fotos Alessandro Guimarães








Durante a primeira visita ao imóvel, Ivan Patricio, Luciana Aliperti e Cesar Laudanna, do escritório Rethink Space, perceberem que a casa de 145 m² tinha diversos pontos que poderiam ser melhorados. Excesso de elementos visuais, como sancas, ornamentos e arcos, muitas divisões internas, ambientes escuros, pouca ventilação e funcionalidade zero estavam entre os problemas. Como essas características eram o oposto do que os jovens moradores desejavam para o novo lar, a solução foi planejar uma reforma completa, que deu novos ares à charmosa morada de tijolinhos aparentes. Todas as operações foram executadas pelo custo total de R$ 120 mile aconteceram no ano de 2010.

Integração, sim!
Para o novo projeto, os profissionais optaram por integrar os espaços. Paredes e fechamentos foram removidos, o que possibilitou maior incidência de luz natural e ventilação em todos os espaços. O desnível da área social foi mantido para ajudar a delimitar os setores. No piso do pavimento térreo, destaque para o cimento queimado feito na própria obra e para o assoalho de madeira certificada (usado apenas na sala íntima).

MEXE DAQUI E DALI 
A entrada do lavabo foi modificada para melhorar a circulação dentro da morada, o que resultou em uma reformulação dos pontos hidráulicos. A integração é o ponto forte da área social



Ecologia
Para dar leveza à área social, o antigo forro de gesso foi removido. As aberturas receberam vidro e tratam de iluminar os ambientes. Além da madeira certificada, os profissionais demonstraram outra preocupação com o planeta: instalaram placas solares sobre a cobertura para garantir o aquecimento de água, unindo funcionalidade à consciência ambiental.




Sábias decisões
Os profissionais tiveram uma agradável surpresa quando começaram as obras no pavimento superior. Depois da remoção do forro de madeira, encontraram a estrutura do telhado em ótimo estado, o que dispensou uma reforma e resultou em economia. "Nos deparamos com duas lindas tesouras de madeira. Decidimos restaurá-las e deixálas aparentes", comenta Luciana. Um forro de gesso acartonado que acompanha a inclinação do telhado esconde ripas e caibros. Depois das alterações, a sensação que se tem é de muita amplitude. O piso do setor recebeu assoalho de madeira maciça proveniente de áreas de manejo sustentável (com o selo de certificação).

Aposte! Pintura epóxi foi usada nas paredes, alternativa que dispensou o uso de outros acabamentos que poderiam encarecer a obra
Reformulação total
As paredes que delimitavam cozinha, despensa, dependência de empregados e lavandeira foram removidas. O resultado é um ambiente amplo, sem divisórias. "É o cartão de visitas da casa", afirma Luciana. Sem as alvenarias, a cozinha é banhada por luz natural. O espaço para refeições também ficou integrado ao quintal - portas de correr se encarregam de separar as áreas quando é necessário. Assim como nos banheiros, a pia e a bancada de apoio foram desenvolvidas com concreto moldado na obra.
Ao trabalho
A antiga edícula foi aproveitada para abrigar o escritório do casal - um novo uso para um ambiente que antes estava esquecido. A estante criativa foi desenvolvida com pallets de madeira, que podem ser comprados perto de grandes centros de distribuição a preços acessíveis. Bancadas de trabalho simples completam a marcenaria. Para poupar espaço, as pranchas de surf ficam penduradas na parede. O teto inclinado ganhou iluminação embutida e adequada.
Interior e exterior ficaram mais próximos, com abertura dos ambientes internos e a criação de espaços intermediários de convívio, como o cantinho com banco. Soluções práticas e baratas como a parede rústica, a grama sintética e o deck valorizam o local


FONTE: 
http://construirmaispormenos.uol.com.br/ESCM/economia-obra/19/artigo259399-3.asp