A Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BB), tem como meta chegar ao fim do ano com 6% de seu portfólio investido em imóveis, segundo Marco Geovanne, diretor de Participações da instituição, para quem não há bolha imobiliária no País. Atualmente, investimentos imobiliários representam entre 4,5% e 5% da carteira da Previ. O alvo são prédios comerciais e shopping centers. "Percebemos que o mercado [imobiliário] cresceu muito, mas percebemos ainda demanda muito grande por espaço. Temos muitos prédios que alugamos e esses prédios têm procura bastante forte, principalmente no eixo Rio-São Paulo", afirmou Geovanne, discordando da existência de bolha no mercado de imóveis, após participar de conferência sobre governança corporativa, ontem, no Rio.
No mercado de ações, o planejamento de investimentos da Previ foca em três setores: petróleo e gás, consumo e infraestrutura. As participações em consumo estão concentradas no setor de shopping centers. "Queremos aproveitar o crescimento de renda do brasileiro, a queda do desemprego. Apesar de todo o cenário conturbado lá fora, há oportunidades na área de consumo", disse Geovanne, destacando galpões logísticos como um investimento complementar.
Neoenergia
A Previ não foi informada, por parte da Iberdrola, do interesse da companhia espanhola de vender sua participação na Neoenergia, afirmou Geovanne. A Previ integra o bloco de controle da Neoenergia ao lado da Iberdrola. "A Neoenergia é um ativo excelente. Não fomos informados de que eles [a Iberdrola] vão vender. Então, nem avalio se tenho que comprar ou não a participação deles", afirmou Geovanne.
No longo prazo, porém, a Previ terá que diminuir sua participação na Neoenergia, hoje em 49%. Pelas regras da Previc, os fundos não podem ter mais de 25% de participação em uma empresa.