Mercado Imobiliário em números
Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo de Futebol em 2014, Olimpíadas em 2016. Com tantos eventos de grande porte que irão ocorrer no Rio de Janeiro, o mercado imobiliário carioca se mantém aquecido. Apesar de especialistas apontarem que os valores dos imóveis tendem a uma estabilidade, a facilidade do crédito imobiliário impulsiona o fomento do setor.
No primeiro trimestre de 2012, o ritmo de crescimento do crédito imobiliário foi moderado. Os financiamentos para aquisição e construção de imóveis atingiram R$ 6,8 bilhões, em março, com alta de 9,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Nos primeiros três meses, o montante total emprestado foi de R$ 17,6 bilhões, aumento de 9,9% comparativamente ao mesmo período de 2011, conforme divulgado pela ABECIP - Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança.
Ainda de acordo com a pesquisa, se considerado maior lapso temporal, no período dos últimos 12 meses o índice foi mais significativo. Em comparação ao período de abril de 2010 a março de 2011, os financiamentos evoluíram 31%, de R$ 62,2 bilhões para R$ 81,5 bilhões. A estimativa é que em 2012 o crédito imobiliário cresça 30%, para o montante de R$ 103,9 bilhões.
Os indicadores apontam que em março foram financiados 40 mil imóveis, crescimento de 7% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já no acumulado de 12 meses, entre abril de 2011 e março de 2012, foram financiadas 491,9 mil unidades, 9% mais do que nos 12 meses anteriores.
O número de lançamentos de empreendimentos imobiliários também apresentou alta. Pesquisa recente da ADEMI - Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário aponta que no segundo semestre de 2011, foram 14.952 novas unidades, em 94 empreendimentos. De julho a dezembro de 2009 foram lançados 53 empreendimentos totalizando 11.358 unidades, no mesmo período de 2010 foram lançados 68 empreendimentos com um total de 12.393 novas unidades.
Analisando os segundos semestres de 2009, 2010 e 2011 quanto ao parâmetro lançamentos imobiliários, o número de empreendimentos lançados cresceu 28% de 2009 para 2010 e 38% de 2010 para 2011. Comparando 2011 com 2009 o aumento foi de 77%. Já o total de unidades lançadas teve um crescimento de 9% em 2010, em relação a 2009, e 20% em 2011, em comparação com 2010. Na comparação com 2009, o aumento neste ano de 2011 foi de 31%.
Os bairros que apresentaram o maior número de lançamentos foram a Barra da Tijuca (3.193 unidades), seguido pelo Recreio dos Bandeirantes, com um total de 3.070 unidades, e Jacarepaguá ficou na terceira posição com 2.693 unidades. Campo Grande também apresentou relevante número de lançamentos, somando 1.602 unidades e, finalmente, a quinta posição fica com a Tijuca, com 826 unidades novas.
O estudo Panorama do Mercado Imobiliário 2011 do SecoviRio - Sindicato da Habitação revela que em 2011 o valor médio do metro quadrado para venda, na capital fluminense, subiu 15,8%. No entanto, no mesmo período do ano anterior essa variação ficou em 42,1%, o que aponta para uma fase de estabilização dos preços.
A pesquisa mostra que na zona sul os destaques são para Gávea e Lagoa, que tiveram uma valorização expressiva nos preços do metro quadrado para venda. No primeiro, a variação para apartamentos de três quartos, de janeiro a dezembro de 2011, foi de 46%. No segundo, os de um quarto tiveram valorização de 91,5%, o maior índice registrado pelo estudo.
Com a consolidação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora), as diversas melhorias de infraestrutura e o aumento do número de construções com padrão elevado, a zona norte cresceu consideravelmente, com destaque para Vila Isabel e Méier, que tiveram, respectivamente, valorização do metro quadrado para venda de 46,9% (dois quartos) e 62,4% (quatro quartos).
No que diz respeito ao aluguel de imóveis, o cenário se manteve positivo, principalmente para o Centro da cidade. O metro quadrado dos imóveis de um quarto, no bairro, valorizou 45,2% em 2011, índice bastante superior ao obtido em 2010, de 0,8%. Os de dois quartos valorizaram 65,9%, ante os 10,2% do ano anterior.